3 de outubro de 2012

Sintomas da Alergia ao Ovo


Uma das alergias mais comuns é gerada pelo ovo.

Este tipo de alergia ocorre quando o corpo está em contato com a albumina, ou seja, a proteína que está localizada na clara do ovo. A referida proteína tem propriedades alérgicas.

É muito importante conhecer os sintomas para detectar este tipo de doença, uma vez que pode nos ajudar a evitar problemas maiores no futuro.

Entre os sintomas identificamos os seguintes:

Ocorrência de certas manchas na pele, tanto no corpo como no rosto.

Inchaço da pele.

Ataques semelhantes aos asmáticos que tornam a respiração difícil.

Diarreia, náuseas e dor de estômago persistente.

Insônia frequente.

Dores de cabeça.

Este tipo de alergia se apresenta normalmente em crianças pequenas, principalmente até dois anos. Por esta razão, é importante controlar a introdução de tais alimentos aos menores. O que fazemos é tentar adicionar ovo à sua dieta e observar muito bem se a criança não apresenta nenhum dos sintomas descritos acima.

Em muitos casos, este tipo de intolerância ou alergia ocorre geralmente em conjunto com uma intolerância à lactose. Muitas vezes, estes tipos de alergias são superadas quando as crianças crescem. Em vez disso, no caso dos adultos, esta alergia muitas vezes ocorre raramente e é muito mais complicada ao longo do tempo.

Muitas vezes, quando ela ocorre , obviamente, o que você deve fazer é parar de usar o alimento o mais rápido possível.

Normalmente, depois de alguns anos sem consumir este alimento, dois ou três anos, volte a incorporá-los em sua dieta para ver se essa intolerância foi superada.


16 de maio de 2012

Entrevista com a Dra. Lúcia Bossois sobre a Vacinação contra a Gripe


Vacina contra a gripe não causa a doença e adultos devem se proteger

Gustavo Ribeiro | Ciência e Saúde | 12/05/2012 01h10

Muitas crenças equivocadas sobre a vacinação contra o vírus da Influenza A, causador da gripe combatida de 5 a 25 de maio pelo Ministério da Saúde, têm diminuído as estimativas da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que objetivava, na fase de implantação, imunizar cerca de 24 milhões de brasileiros. Para se ter uma ideia do efeito negativo provocado pelos mitos instaurados no imaginário popular, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro divulgou, na quinta-feira, que apenas 12% do público-alvo havia sido vacinado nos quatro dias iniciais da campanha no estado.

Mais de 65 mil postos de saúde de todo o Brasil estão aplicando a vacina, que combate a Gripe A e a gripe comum, em idosos com mais de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos de idade, gestantes, detentos, indígenas e profissionais do setor médico. O prazo para tomar a dose e garantir proteção contra a doença é até o próximo dia 25. O grau de proteção assegurado aos idosos é de até 60%.

Para melhor entender os possíveis riscos apresentados pela composição do antídoto contra a influenza, o SRZD conversou com a pediatra e alergista Lúcia Bossois, especialista em epidemologia da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, que tratou de desmentir as bobagens compartilhadas pelo senso comum em relação aos supostos sintomas de gripe causados pela medicação. "A vacina oferece proteção contra o vírus da influenza. Os sintomas semelhantes à gripe relatados pelos pacientes que receberam a dose nada têm a ver com a vacina, porque ela é feita com vírus morto".

Outro problema relatado pela doutora é o fato de a campanha ser direcionada a uma estreita faixa etária. Para ela, a população adulta, que representa a maioria, também corre riscos de disseminar uma epidemia, como ocorreu no último ano, em que todos estavam suscetíveis ao contágio. A especialista alerta que todos podem ter acesso à vacinação. Basta que procurem uma clínica particular credenciada pela Vigilância Sanitária. O custo médio é de R$ 60. "Recomendo que os acompanhantes de idosose crianças  façam a vacinação. O mais importante é ter certeza de que a clínica tem autorização da Vigilância Sanitária para oferecer a vacina, porque muitos consultórios sem fiscalização armazenam o medicamento em redes de frio sem termômetro ou junto com comida", afirmou.

Reações Adversas

A médica explicou ao SRZD que, durante o inverno, é comum o aparecimento de alergias respiratórias, rinites alérgicas e viroses, que acabam confundindo com a gripe. Além disso, ela também ressaltou que as únicas reações possíveis de surgirem após a aplicação muscular são dor e vermelhidão no local. Raros casos de febre foram observados.

Contraindicações

As únicas restrições para se prevenir contra o H1N1 são pessoas alérgicas a ovo,aos componentes da vacina, febris com temperatura superior a 37,5º ou que ainda apresentem alguma infecção ativa. Portadores da síndrome de Guillain-Barré, caracterizada pela perda da membrana que envolve os nervos, também não podem ser imunizados. A doutora avisa que as grávidas não possuem contraindicação e é muito importante que elas compareçam aos postos de saúde para  se proteger, porque a Gripe A pode causar abortoe complicações muito sérias!

Prevenção

"Evitar lugares aglomerados" é a principal recomendação para evitar o contágio do vírus H1N1, da mesma forma como se previne a gripe comum. "A gripe A pode complicar com pneumonias e outras doenças que podem levar à morte, o que raramente ocorre com a gripe comum", salientou a alergista.

Entrevista concedida no dia 12/05/2012

24 de março de 2012

Entenda a Diferença entre Ômega 3 e Ômega 6



Nossa dieta é composta por alimentos que contém proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, oligoelementos e sais minerais. Em relação às gorduras existem aquelas de origem vegetal (óleos vegetais, castanhas) e as de origem animal (gordura da carne, ovos e dos leites).

Algumas gorduras, especialmente as de origem vegetal, possuem moléculas muito grandes e com várias ligações químicas. São os chamados ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa.


Vários estudos mostram que a ingestão apropriada desses ácidos graxos em quantidade e qualidade associa-se ao adequado crescimento, melhor desenvolvimento do cérebro e visual, prevenção de algumas alergias e de doenças cardiovasculares.

Nosso organismo não consegue sintetizar alguns destes ácidos graxos e por isso é fundamental obter- los  através da alimentação para que nosso metabolismo possa funcionar adequadamente.

Existem dois grupos de ácidos graxos essenciais: ácidos graxos de cadeia longa da família ômega-6 (ácido linoléico) e da família ômega-3 (linolênico). O produto final do metabolismo dessas gorduras são o DHA (ômega-3) e ARA(ômega-6).

Quais alimentos contém ômega-6 e ômega-3 ?
  • Ômega-6: óleos vegetais (soja), sementes e nozes
  • Ômega-3: castanhas, peixes e linhaça

Crianças menores de um ano (bebês) têm acelerado crescimento e desenvolvimento. Isso significa que há intensa multiplicação celular e amadurecimento dos sistemas, principalmente, do sistema nervoso central. A criança nasce com o cérebro bastante imaturo e com o passar dos meses, há modificações importantes na sua estrutura e funcionamento como a mielinização*. A mielina é uma “capa” de gordura que o neurônio recebe para que possa funcionar de forma adequada. Grande quantidade das gorduras dessa cobertura gordurosa é composta por ácidos graxos da família ômega-3. Por isso a criança deve receber quantidade adequada dessa gordura.

O leite materno contém uma quantidade boa dessas gorduras já prontas ( DHA e ARA)  para o bebê utilizar, a quantidade varia conforme a alimentação da mãe. Na alimentação complementar é importante oferecer para as crianças alimentos fonte dessas gorduras já prontas, como peixe de água fria (sardinha, arenque, salmão, truta), gorduras vegetais, entre outros.

*Mielinização : a mielinização é um processo que acontece desde o período intrauterino e continua até os sete anos de idade, mas o seu pico ocorre até os dois anos. O cérebro nasce formado mas é imaturo, para funcionar de forma adequada os neurônios devem receber uma capa de gordura chamada “mielina” que é composta por diversos ácidos graxos, especialmente por DHA. Essa capa de gordura é como um isolante que permite que as informações passem de neurônio para neurônio sem interferência (encapamento de um fio). Para que a capa de mielina se forme de forma adequada é importante que a criança receba uma alimentação balanceada e com oferta adequada de gorduras como ácidos graxos essenciais, DHA e ARA.